Nada melhor para nosso primeiro post do que um dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira. Avenida Brasil veio pra colocar de uma vez por todas o nome de João Emanuel Carneiro no topo dos autores de novelas, sendo ele o mais novo de todos os grandes nomes das novelas nacionais.
Essa foi a quarta novela escrita por ele, duas delas no horário das 19, ambas foram sucesso e tiveram pontos marcantes.
"Da cor do pecado" de 2004 trouxe a primeira protagonista negra da história das novelas brasileiras, vívida pela belíssima Taís Araújo e também teve o maior ibope de novelas desse horário até então, alcançando 43.
Em 2006 escreveu "Cobras e Lagartos", que trouxe o personagem Foguinho, interpretado por Lázaro Ramos, o sucesso do personagem foi tão grande que rendeu a novela uma indicação ao Emmy de 2007, pela atuação do ator.
Depois desses sucessos ele foi convidado para escrever uma novela das 21, foi ai que em 2008 nasceu "A Favorita" um sucesso explosivo quem não se lembra de Flora e Donatella, uma novela que inovou e prendeu todo o Brasil.
Três anos depois ele escreveu "Avenida Brasil" que logo de cara já prometia que vinha pra marcar a história da TV.
A novela trazia como pano principal a vingança, uma garota que tem a vida destruída pela madrasta e decide que sua vida só terá um objetivo, fazer justiça ao pai. Pra isso está disposta a passar por cima de tudo, inclusive do amor de sua vida se for necessário.
Nina vívida por Débora Falabella é um personagem ambíguo embora fosse a "mocinha"da história, teve momentos em que mais parecia a vilã, as cenas do momento em que conseguiu as provas que necessitava, mostraram que ela poderia ser tão má e cruel como sua arqui inimiga.
Aos poucos o bairro do Divino foi se tornando o bairro de muitos brasileiros, personagens como Darkson, Monalisa, Zezé e Janaína conquistaram o povo.
A forma que o João Emanuel escreve faz com que as pessoas se sintam próximas dos personagens, as novelas deles trazem muito da vida cotidiana da maioria dos brasileiros.
Toda a novela foi envolvida em muita emoção trazida pelos núcleos do lixão e da mansão e momentos mais leves proporcionados pelos moradores do Divino e até pelo mais ilustre morador da zona sul, Carlos Eduardo mais conhecido como Cadinho.
Mas nenhum capítulo chegou perto em termo de emoção do que o final. As cenas dramáticas eram pesadas e muito bem interpretadas, se essa novela tem um nome esse é Adriana Esteves, o próprio autor disse em entrevista que ela fez uma Carminha muito além do que ele havia criado.
Com certeza João Emanuel tinha um grande abacaxi nas mãos, uma novela de sucesso pode ser estregada se o último capítulo for ruim, como é o caso de sua antecessora "Fina Estampa" que teve um final que muita gente não gostou (incluindo eu).
Mas ele conseguiu inovar fazendo com que sua vilã não tivesse o final esperado de todas as vilãs que é morte ou prisão. Carminha teve um final que mostra que as pessoas podem mudar sim, basta querer aprender com o que acontece, mas mesmo mudando muito da personalidade dela ainda estava presente, se viu isso quando ela chamou Nina de traste enquanto preparavam o café.
Um final surpreendente e emocionante.
Se a novela tinha uma mensagem para passar é que muitas de nossas atitudes no presente, depende e muito do que vivemos no passado. Carminha foi tida como um monstro insensível com todos os adjetivos ruins caindo muito bem nela, mas a partir do momento em que seu passado foi se revelando, percebeu que muito do que ela era tinha um motivo, desde cedo ela precisou aprender a lidar com o que tem de pior no ser humano, e sabemos que cada um reage de uma forma diante das situações, talvez você esteja dizendo que jamais faria o que ela fez, mas eu sinceramente não sei se eu faria ou não.
Agora e dizer adeus e esperar pelo próximo mundo que João Emanuel irá nos criar.
Bjusss, Bjoksss, Bjõessss
0 comentários:
Postar um comentário